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27 de outubro de 2006

Perda. Perdão.

Qualquer intensidade de morte gera um frenesi chocante nas dependências do intrínseco. Adriana, artista por nascença e por investimento, fizera um lindo trabalho a respeito de uma cena que presenciara de longe enquanto freqüentava, por necessidade, o centro urbano. Havia um casal de noivos sob posições cadavéricas a fotografias.
Veio-lhe, como de praxe, um monte de insinuação:ela crê em uma mudança radical de sentido; na transmutação ágil da essência. Ele, incomodado perante a série exaustiva de fotos, propõe-se à tradição, com a confiança de que a eternidade é bem provável. Não há um sentimento forte da fugacidade. Que bom. Legítimas crianças que escolhem e descobrem as ondas do mar.
Infelizmente, tomei nota cedo que os movimentos são previsíveis e atormentadores. Vez por outra é que o mar se mostra mirabolante. Às vezes para anunciar o caos; o irremediável. Às vezes para mostrar uma face fascinante do existir. Mas são vezes históricas.
Por uma distração muitíssimo rápida, Adriana perdera a arte que talhara a uma folha fina de papel de seda. Lamentou-se aguda e velozmente. Agora se perdoou, como alguém que dissolve maus sentimentos e se torna permeável às boas novas do Amor.
Está tudo tão contraditório. Como o peso do status de se existir.

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