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2 de abril de 2005

Nitidez

Às vezes acho até bom os pensamentos não serem nítidos, serem isentos de um aspecto. Serem; apenas isso. Se pensamentos crescessem fisicamente já nem seríamos visíveis. Estaríamos envolvidos por arbustos humanos... como um câncer não remediado. Que bom que meu ódio não precisa de cômodo para se instalar, que minha alegria não demanda luxos e preços altos. Essas células que se revolucionam em mim deixam frestas
à alma... ao (in)consciente. Minha consciência é um vigia que transcende as horas humanas... tem sempre uma cadeira para sentar-se e controlar todo meu instinto. Tudo sem medidas e tão certo, tão exato. Uma exatidão que infringe toda matemática humana. Que me livrem de um dia dar corpo a tudo que existe em mim. Seria a inauguração da espantosa existência de monstros e sereias...

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