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19 de abril de 2005

Viva Nelson Rodrigues

Tudo fica ardendo dentro desses nossos incompreensíveis talhes. Quem não é meio delinqüente deixa tudo latente, proliferando e desencadeando câncer... bônus de células. Eu preciso berrar... mas minha acústica é meio insossa. Preciso correr, mas a mata de que gosto me causa pânico. Temo uma onça de natureza obscura. Preciso lhe dizer que ele não é nada pra mim... mas por que fico tentando manter minhas virtudes? Não quero minhas grandes eloqüências em condição de silêncio de hospital; preciso pôr minha voz ao mundo.

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