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19 de abril de 2005

Sem final feliz

ESTE É DEDICADO A UM CARINHA DO CURSINHO.
Semana de mutações ágeis aquela. O sindicato da volúpia resolveu contaminar todo meu cerne. E, desde sempre, minha razão sucumbe à minha própria natureza. Sou um duo na incessante tentativa de não ficar dissonante.
E, fazendo jus ao império da vez (um desejo cujos bastidores desconhecia), criei músculos, transcendi a hesitação e chamei um menino da minha classe para um papo, um beijo ou um contato. Afinal, meu âmago demandava aquela criatura naquele instante. E o rapaz, educado e com um jeito de “década de 30”, o que me agradou demasiadamente, convidou-me para assistir à apresentação da banda dele que se realizaria em um bar alternativo da cidade. Nunca minhas esperanças estiveram tão verdinhas, no ápice a que a Natureza pode chegar.
Já estava às vésperas da materialização de todos os meus sentimentos e uma avidez previsível entrava e saía de cada poro. Na tentativa de um paliativo para o tormento, abro o Tribuna de Minas e vejo a foto do motivo de toda minha perturbação. E, minha pretensão fica imediatamente em ruínas e dá vazão a um emaranhado de sensações que me assaltam. Que me acabam.
Chego a misturar nostalgia com o prazo curto que a Natureza dá à perfeição. O “bonitinho, educado, estilo década de 30” criticou minha indumentária com uma galera da estirpe dele. E riu... riu proporcionalmente às erosões que se fizeram em mim naquele dia. E hoje eu satirizo a tônica dele, que é uma doçura- acessório da vaidade; da tão insípida vaidade humana.

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