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18 de março de 2005

Bastidores - II

Vou como um transeunte sem destino.Chego à cortina preta que lacra os bastidores da existência.Transcendê-la me é impossível e então , pairo nesta imaginação filha da puta.Que me assola.Que impede meu humano de fluir.Vão existindo sensações em mim , vão existindo novas partes físicas , novos fiapos de cabelo , novos pensamentos e diálogos e palestras para mim mesma.Transporto este corpo de um lado a outro , essa prévia existência é o enigma que atiça minha curiosidade nas manhãs.E esse emaranhado de coisa que me vem , sem pedir licença , deixa meu dia inconsistente , quase em ruínas. Calendários já amarelados ficam em "néon" , futuros previsíveis existem como o desejo presente de ir ali para olhar pés se apoiando em degraus.Essa minha sensibilidade inerente fada diariamente desespero,gozo,martírio e , ao fim do dia, um sossego outorgado.

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