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14 de março de 2005

À mercê

Fiquemos à mercê dos nossos exércitos internos como as margaridas se entregam sem precauções às decisões do tempo . Talvez o acaso nos dê alegrias para hoje , talvez para amanhã não se tenha tanto com o que vibrar . Aproveitemos a generosidade do espelho logo cedo , sem segundas intenções . Deixemos o sopro do incontrolável fluir sem contaminações do humano , que nem as árvores que cobrem as montanhas que , neste momento , transam com a claridade do céu . Por que se inclinar para a transcendência do mistério ... quem chega ao mistério se enjaula e a estrada que se segue é inacessível . O patamar a que se pode chegar é esse enigma . E o enigma é a tônica da vida ... (in)felizmente o ceticismo é a tônica . Quero acreditar em certezas , mas sempre , sempre mesmo desboto as interrogações .Não consigo sair da clausura . Vim para cá como poderia ter ido a um casebre na Rocinha ou estava fadado a cair nessa habitação . Gozemos do espetáculo sem pensar nos bastidores .

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