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25 de março de 2005

Tapete Vermelho

Quando evoluo enfim, chego a lugares por indicações. Minha referência é sempre alguém que, em se tratando de hierarquia, me ultrapassa. Detentores de inúmeros que têm limites. Porque tudo que existe nitidamente é contável. Ok. E eu vou sendo de acordo com o que foram antes de mim. Sou o que faz jus a meus documentos que ficarão à mercê quando eu me for daqui. Sempre achei que documento acaba sendo um eco de um dia ter vivido. E meu pensamento pode atiçar diferentes pensamentos, novas idéias, novos pontos fracos. Pensamento vive e faz viver, alastra uma epidemia de berros, orgasmos, sorrisos amarelos, risos de criança. Documentos ocupam pequenas áreas em cômodos esquecidos que, de improviso, servem para súbitas visitas. Pensamentos dão alma a rochas entregues, inertes. Detesto ser recebida com aplausos em dia-a-dia básico. Festas se dão muito bem com a minha solidão. Porque é sozinha que dou vazão à minha índia contemporânea, a toda a nudez trivial para se viver.

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