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28 de março de 2005

Pernoite

Não pude decidir. Estava entregue a pensamentos gigantes, destes que consideram o humano irrelevante. Ser humano é ser clichê. Raros são os geniais em aparência; em atitude. Agora, ser espectador do humano, da vastidão que habita esses nossos limites, investigar a nossa acústica, o nosso talhe, os súbitos que vêm de longe mas que estão em nós mesmos. Isso sim! Isso sim é fascinante, é incessante fertilizante para nossa hospedagem nessa Terra de tantas variedades. De tantas predileções. Sinto-me (por que a ênclise? Talvez um certo "status" cai bem)a semente da maçã ou de outra fruta que tenha o mesmo tipo de visual. Porque ainda falta um pouco para eu vir a ser uma fruta, escolhida a dedo. Fico apenas observando a ambiência, talvez eu me dê bem na próxima safra. Desta vez fico com minha lupa a ver, perscrutar e imaginar. Ah! como gosto de imaginar até ser lembrada da existência através de um telefone, de um latido de cão nômade. E quando caio em Terra, assim, intempestivamente, improviso minhas pontes para me levar aos lugares aonde me chamam. E pontes improvisadas apresentam sempre riscos. E então tropeço na escada,,, xingo o mais inocente de todos. Depois tudo se resolve. E volta a igualdade, a democracia dos dias. Que cansa. Cansa muito. Talvez dias de ditadura ou anarquia seriam mais valiosos.

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