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28 de maio de 2006

Androginia

Qualquer materialização humana possui um ícone possante da masculinidade e um ícone tênue da feminilidade. O sal e o açúcar, triviais, misturam-se e perde-se de vista o semblante de um e de outro, miscíveis, homogeneizados.
A androginia é inerente à condição com que o homem foi encarapuçado. Há os andróginos cujo sentimentalismo fica sob uma leve toalha de “macho e fêmea” e outros, no entanto, que, à mercê de potentes setas bilaterais, demandam concretizar seu lado feminino – apelando a atrações masculinas e necessitam realizar a face masculina – seduzindo esboços vivos femininos.
No Universo batizado de “Pós – Moderno” existe um baralho à denotação que emana de “androginia”.
Parece que a solidificação das duas faces é um regulamento da Civilização. As pessoas condicionam-se à androginia como o fazem com a conclusão do segundo grau. Banalizou-se a prática da androginia; glamourizou-se a ação andrógina.
Isso tudo é uma inibição aos apitos – índios que emanam da natureza; condicionamento a mais uma ditadura – agulha – fina do Mundo Civilizado que penetra na estirpe humana sutilmente.

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