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18 de junho de 2006

De mim a mim

Um dos espectros que me atormentam diz-me todo dia: apegue-se a uma felicidadezinha; ainda que você se dependure nela; ainda que demande (a felicidade) esforços, potência de seus cândidos bracinhos.
Lista de sugestões, manual de “como atingir a felicidade em um minuto?”, instruções a se viver bem. Espectros me bitolam... Tentam me bitolar. Tentam fazer com que eu não resista às baforadas do Feliz. Este, geralmente, tem um escapismo com que pode contar a todo tempo. A Vida é ladrão foragido da própria vida. Perseguições. Por isso o infindável temor.
Peixe fora do hábitat em mãos ressecadas. Peixes escorregadios. Gauche. Receita de Vida: à base de antidepressivos, alopatias, iogas, forças musculares. Escapismos. Uma paixão falsamente dissimulada, joguetes falsamente despretensiosos. Espero que eu me finque em uma nesga de seu coração. Será tão bom para um novelo macio se fazer; que nasça um “nós”. E que o nós chegue a ser consciente... Que o nós não morra feto.
É a você – por enquanto embaçado por um codinome – que dedico esta prosa

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